terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pauta polêmica, Brasil!

Três amigos me motivam a escrever hoje aqui. É um fato parecido ocorrido com os 3 e que, em cada caso, tomou uma direção diferente. Isso me fez pensar muito e aproveitar já que o fim de ano é todo aquele momento oportuno para reflexão. São eles: R1, B e R2, amigos queridos e corajosos! Vc vai entender porque! R1, a 1 semana, na comemoração de seu aniversário numa boate na Gávea, fazendo a Renata/Heleninha, ou seja, completamente bêbado ligou para família (que moram em outra cidade) e contou que é gay aos prantos, chorando copiosamente, rs. A reação do irmão foi soltar um "irmão eu já sabia" (hehehehe) e a dos pais foi tentar entender e questionar, no outro dia, o porque disso e espiritualizar a situação crendo que o filho será liberto-curado sem demora (então tá neh, rsrsrs). B, motivado pela atitude de R1, planejou minuciosamente contar para seu irmão que também é do babado e fez isso ontem! Bebeu, ficou naquele estado de não conseguir fazer o 4 direiro, e abriu o verbo pro maninho que estava com ele na festa, rodeado das amigues de B que fazem a linha bofe na cidade do interior, hehehehehehe. Ouviu do irmão: "se você está feliz, eu também estou." E viveram felizes para sempre, uahhahahahahhahahahahuau...Essa atitude corajosa tem me feito pensar se eu devo ou não contar para os meus pais (por mais que eu saiba que minha mãe já descofia neh...rs), haja visto o retorno tranquilo que eles tiveram de seus familiares; eles não se arrependem e me disseram que se sentem mais leves porque contaram a verdade àqueles que eles amam de verdade. Discurso lindo e motivador, mas dae eu me deparo com meu amigo R2. R2 contou pra familía a quase 4 anos e de lá pra cá tem vivido um inferno em casa, principalmente com seu pai que mal olha na sua cara e quando olha é pra jogar indiretas e ser grosso. Ele diz que, se possível for, o melhor é não contar, poupando assim a família de um choque como esse, a experiência dele foi traumática, assim R2 define. Um nó se faz na minha cabeça e eu confesso que em meio a tanta coisa que refleti, uma coisa é certa: quero contar aos meus pais! Tá que não farei mesmo isso agora, deixarei passar o Natal, Reveillon, verão...hehehehe, tenho 12 meses pra fazer isso, 2010 será o ano do "mamãe sou gay!" rs...Eu estou aqui rindo, mas um frio na espinha toma conta de mim quando começo a imaginar a reação dos meus pais, da minha irmã...que medo, que dúvida, quanta coisa pode acontecer de bom ou de ruim na minha vida! Se pelo menos mamãe tirasse da idéia de que todo gay vai virar mulherzinha, traveco ou transformista (daquelas do programa do Sílvio Santos, heheheh), seria bem mais fácil, rs. Acho que vou começar a procurar relatos com outros amigos que já passaram por essa mesma situação, quero saber dos que foram bem sucedidos e dos que não, os que vivem bem e os que vivem mal com suas famílias e começar a montar um plano do tipo infalível para tomar essa atitude em breve. Vai ser difícil, mas eu vou conseguir! "3 tequilas, por favor!" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

6 comentários:

  1. como assim o irmão do B é do babado?? não sabia disso... se for realmente, eu quero... agora deixa o B saber que vc disse que o irmão dele é do babado em pleno blog... fazendo o outing de pessoas alheias sr....
    passado.com

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  2. "que tb é do babado" se refere a B e R1 e não ao irmão de B! ok? rs

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  3. Escute, posso dar pitaco? Acho que o que deve pesar na decisão de contar é o quão desconfortável você está se sentindo por não ter verbalizado isso. É uma decisão que deve levar em conta você, não os outros. Porque se você conta tendo como objetivo uma expectativa, uma reação específica, pode se dar muito mal. Você deve contar para se sentir melhor consigo mesmo, caso isso vá fazer diferença para VOCÊ. Seres humanos são muito complexos para que a gente alimente a ilusão de controlar a reação e postura do outro. Pense o que você quer com essa abertura e por que quer essa abertura, acho mais produtivo. E, se quiser, estou à disposição para ajudar, se me for possível. Um abraço!

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  4. Vc tá nervoso agora? imagine no fatídico dia. Vai ser difícil, mas se vc acha que deve contar, eu apóio. Todos na minha família sabem, exceto meu pai. Algumas pessoas dizem para eu não contar, porém, para eu viver bem comigo mesmo, preciso passar por essa barreira emocional. Pode não ser no natal ou ano novo (rs), mas em breve eu faço e te conto como foi.

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  5. Que situação hein amigo!
    mas calma, o tempo vai te responder se vc deve contar ou não.
    Estamos juntos!
    ;)
    beijos, te amo

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  6. Óia, hahaha, eu tenho um primo que é gay.
    Ele é sobrinho do meu pai, só que foi minha mãe a primeira a descobrir.
    Desde criança que ela falava que ele levava jeito e tal... mas ngm dava bola...
    Os anos passaram e em 2002 meu pai chamou ele para trabalhar no escritório, na época, eu com meus míseros 12 anos trabalhava lá tb, bem do lado da mesa dele... e passei a desconfiar...
    até que um dia meu pai pegou no pc que ele usava um monte de foto de homem pelado, aí chamou ele para fazer um serviço a tarde, parou o carro e perguntou pra ele se ele era gay, ele respondeu q não sabia... e chorou... aí meu pai perguntou se colocasse um homem e uma mulher na frente dele com quem ele iria, ele disse q com o homem...
    aí, passou um tempo, ele deu umas mancadas e meu pai mandou ele embora...
    meu pai chegou a comentar, a deixar no ar, para minha vó e para a mãe dele... só q todo mundo achava que meu pai estava louco...
    o tempo passou, ele começou a namorar uma mulher, casou e teve um filho... aí todo mundo caiu matando em cima do meu pai...
    mas chegou um dia q eles brigaram, ele foi p balada, a mulher dele foi atrás e pegou ele com um cara...

    enfim...

    contei td isso pra te dizer que eu acho que é muito melhor vc contar do que alguém descobrir...

    além do que seus amigos vão sempre estar do seu lado, e ó, eu tb ... :)

    Dai
    http://olhosdebola.blogspot.com

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